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A DIFERENÇA ENTRE O "EU" E O "SELF"
A DIFERENÇA ENTRE O "EU" E O "SELF"

A diferença entre o “EU” e o “SELF”

Jean Monbourquette, psicólogo e teólogo canadense, desenvolveu uma teoria que diferencia o eu do self. Ele define o eu como a nossa identidade superficial, que é formada pelas nossas experiências, personalidade e comportamento.

É belo modelar uma estátua e dar-lhe vida, mas é sublime modelar uma inteligência e dar-lhe liberdade.

Inegavelmente, os textos acadêmicos de psicologia exploram pouco a diferença entre o “eu” e o “self”.

Jean Monbourquette, porém, é uma exceção. Psicólogo e teólogo canadense, desenvolveu uma teoria que diferencia o “eu” do “self”. Ele define o eu como a nossa identidade superficial, que é formada pelas nossas experiências, personalidade e comportamento.

O “eu” é a nossa persona pública, a imagem que queremos transmitir aos outros e que, portanto, muitas vezes é influenciada pelas expectativas da sociedade.

Em contrapartida, o “self” é a nossa identidade mais profunda, a essência do nosso ser, que é conectada ao nosso propósito de vida e ao nosso sentido de significado.

Livro de Jean Monbourquette
Livro de Jean Monbourquette. Imagem: Rodrigo Goldstein

O “eu” é moldado pelas expectativas externas, enquanto o “self” é guiado por uma compreensão interna de quem somos. O “eu” é muitas vezes influenciado pelo medo, pela insegurança e pela necessidade de aprovação, enquanto o “self” é mais autêntico e verdadeiro.

Quando nos identificamos apenas com o “eu”, corremos o risco de perder contato com o nosso “self” e com a nossa verdadeira identidade.

Amor próprio e autoconfiança

Jean Monbourquette conceitua amor próprio e autoconfiança em sua obra. Em resumo, ele fala sobre os critérios que identificam baixa ou alta autoestima, e ensina como é possível educar para elevá-la. Ele também fala sobre o conceito de autoafirmação, tentando esclarecer a confusão em torno dessa manifestação, do eu interior, dos relacionamentos, da reconexão entre o amor próprio e o amor pelos outros e os transtornos associados à baixa autoestima.

O autor propõe uma transição de auto-estima do “eu”, ou ego, para a auto-estima do “self”. Ele explica as relações do ego com o “self”, mostra como as perspectivas mudam entre eles e as possíveis formas de alcançar o “self” que levam ao amor incondicional, sabedoria, missão e cura. Por fim, conclui que o respeito próprio e a autoestima se manifestam como duas realidades complementares na formação do ser humano.

Estátua indiana simbolizando a introspecção e espiritualidade
Estátua indiana simbolizando a introspecção e espiritualidade. Imagem: Pexels.com

Psicologia clássica: o ego é o que pensamos de nós mesmos

Pensando no “eu”, a diferença entre o “eu ideal” e o “eu real” produz os mais diversos comportamentos nocivos para as pessoas. Para se livrar dele, é necessário mostrar o eu real para a pessoa que tem o “eu ideal”. Só então a pessoa pode lidar com seus erros ou problemas, ou, conforme o caso, com suas meras circunstâncias, a fim de resolvê-los e dar um passo em direção à sua auto-realização.

Na medida em que nascemos em um planeta que nos impõe um eu coletivo consolidado, isso naturalmente favorece o crescimento de cada novo eu individual. Para Freud, o ego é inatamente influenciado pelo id, que contém nossos instintos básicos.

Para Jung, esses padrões básicos eram padrões arquetípicos. O ego que se desenvolveu, através do contato com o mundo externo, Freud chamou de superego. Quanto mais forte é o nosso superego, menos conscientes estamos do conteúdo inconsciente.

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Em Ótimo Estar!

Relação entre o ego e o superego

A princípio, o ego se funde com o superego e, no curso do desenvolvimento, o ego até fornece os meios para o superego confrontar e/ou satisfazer o ego como um todo. Essa relação entre ego e superego é um processo contínuo, no entanto, cabe ao superego ter um relacionamento com o mundo exterior ou cotidiano, apesar do ego ser supremo. Portanto, são dois enormes sistemas psicológicos interdependentes.

Para esta relação utilizamos a expressão ou nomenclatura do eixo auto-auto. Obviamente, a prática só é legitimar se houver uma boa razão para isso. Só se pode deixar a condução do processo para o inconsciente quando há o desejo de dirigi-lo. Portanto, isso só ocorre quando o consciente de uma pessoa consegue expressar o conteúdo do inconsciente e entender o significado da expressão.

Surge o problema de entender como o ego se comporta nessa situação. É aqui que começa o confronto entre o ego e o inconsciente.

Este é o segundo e mais importante estágio do processo, a aproximação do oposto, leva ao aparecimento do terceiro elemento, a função transcendental. Nesta fase, a condução do processo não é mais o inconsciente, mas o ego.

Individuação não é apenas nossa imagem exterior
Individuação não é apenas nossa imagem exterior. Imagem: Pexels.com

O “eu” é o que pensamos de nós mesmos no contexto de nossas interações com outras pessoas.

É de extrema importância, portanto, a percepção que temos de nós mesmos, a percepção do nosso “eu”. Diferentemente de uma mera psicologia introspectiva, a referência fundamental ao “eu” é a referência a todas as percepções: percepções de seu organismo, de suas experiências, do modo como suas percepções se inter-relacionam e se relacionam com objetos e com o seu mundo exterior.

Transpassamos pela vida nos equilibrando, inconscientemente, entre o que eu externo e o interno; entre a nossa aparência e a nossa essência; entre o nosso ego e o nosso “self”; entre o nosso egoísmo e a nossa individuação.

Este equilíbrio entre o mundo externo e o interno é o eixo “ego-self”. Trata-se de um bom senso entre o que somos para nós, dentro de nossa mente, e o que somos para os outros, fora de nossa mente. Por analogia, é o eixo entre matéria e psique.

Nessas concepções sobre o “self” é possível perceber um afrouxamento das fronteiras entre mundo interno e mundo externo, e fica estabelecido o papel das relações com os outros na constituição do próprio “self”. Em suma, a diferença entre o eu e o “self” é que o eu é a nossa identidade superficial e muitas vezes influenciada pelas expectativas da sociedade, enquanto o “self” é a nossa essência mais profunda e autêntica.

É importante aprender a diferenciar os dois e a cultivar uma conexão mais profunda com o nosso “self” para viver uma vida mais autêntica e significativa.

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Referências:

Teoria geral de Carl Rogers.https://humana.social/teoria-geral-de-carl-rogers/ https://www.psicologia.pt/artigos/ver_opiniao.php?eixo-ego-self&codigo=AOP0442 

Siga via E-mail!.https://psicoterapiajunguiana.com/conceitos/selfsi-mesmo-ego-eixo-ego-self/ 

Ego e Self: qual a diferença entre eles?.https://www.telavita.com.br/blog/ego-self/ 

Revisado por Anitta Schwartz.

Por fim, leia também: Descubra Macumbia!

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Rodrigo Goldstein

Formado em comunicação social, com especialização em cinema pela UFF, Rodrigo trabalhou nas áreas de artes plásticas, publicidade, arquitetura e engenharia ambiental. Tem formação em pós graduação na Alemanha em mídias eletrônicas.
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