Velejar é uma arte que exige técnica e habilidade, e os veleiros são embarcações capazes de desafiar o vento e navegar mesmo contra sua direção, chamado contravento. Mas como isso é possível? Como os veleiros navegam contra o vento?
![Veleiro no contravento](https://otimoestar.com/wordpress/wp-content/files/otimoestar.com/2023/03/sailboat-3399011-scaled.jpg)
Como o veleiro se locomove?
O segredo está nas velas. Cada vela é composta por um tecido resistente e leve, que é preso ao mastro e ao estaiamento por meio de cabos. Quando o vento sopra na direção da vela, ela se enche e cria uma área de pressão mais alta na face voltada para o vento, e uma área de pressão mais baixa na face oposta. Essa diferença de pressão faz com que o veleiro se mova em direção à área de pressão mais baixa.
E no contravento?
Mas e quando o vento sopra na direção oposta à do veleiro? Nesse caso, é preciso ajustar as velas de maneira diferente, de forma a criar uma espécie de asa que empurre o veleiro na direção desejada. Esse fenômeno é conhecido como “efeito de Bernoulli“, e é o mesmo que explica como os aviões conseguem voar.
O princípio é simples: ao ajustar as velas de forma adequada, é possível criar uma área de pressão mais baixa na face voltada para o vento e uma área de pressão mais alta na face oposta. Essa diferença de pressão faz com que o veleiro se mova na direção desejada, mesmo contra o vento.
Para conseguir velejar contra o vento, os velejadores precisam estar atentos à direção do vento e ajustar as velas de forma precisa e constante. É uma técnica que exige prática e paciência, mas que pode ser extremamente gratificante quando se consegue dominá-la.
![Veleiro em popa rasa](https://otimoestar.com/wordpress/wp-content/files/otimoestar.com/2023/03/sailboat-1473281-scaled.jpg)
Além disso, é importante lembrar que os veleiros modernos contam com tecnologias avançadas que ajudam a otimizar a navegação. Há instrumentos como bússolas, medidores de velocidade e direção do vento, além de sistemas eletrônicos que auxiliam na leitura e interpretação das condições climáticas.
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A quilha
A quilha é outro fator especialmente importante durante a navegação contra o vento, conhecida como “bolina”. Nessa situação, o veleiro precisa se deslocar em um ângulo em relação à direção do vento, o que gera uma força lateral que pode fazer o barco escorregar para o lado. A quilha, ao fornecer estabilidade lateral, permite que o veleiro se mantenha na rota desejada, mesmo em condições de vento forte. Além disso, a forma e o tamanho da quilha influenciam na capacidade do veleiro de se manter em curso e de se manter rápido e seguro em condições de vento variáveis.
Em resumo
A habilidade dos veleiros de navegar contra o vento está diretamente relacionada ao design e à técnica das velas, que permitem criar uma área de pressão diferenciada para impulsionar a embarcação na direção desejada. E da quilha, projetada e mantida para garantir a segurança e o desempenho do veleiro. E com a ajuda da tecnologia e da prática, os velejadores podem dominar essa arte e navegar com segurança e precisão em qualquer condição de vento.
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